Penafiel até 1770 chamava-se Arrifana de Sousa, já assim apelidado em 1258. Até cerca de meados do século XVI, Arrifana era apenas um lugar da freguesia de S. Martinho de Moazares e a sua afirmação enquanto sede e posterior desenvolvimento urbano devem muito à sua localização junto à estrada de tradição medieval que ligava o Porto ao interior do país, nomeadamente a Trás-os-Montes e às Beiras. Esse casario que se desenvolveu ao longo dessa estrada Real, actual rua Direita, rua do Carmo e Rua Alfredo Pereira, é ainda hoje a principal característica de Penafiel; as casas de boa cantaria de pedra, varandas ornamentadas com ferro forjado, e alguns palacetes brasonados. Integrado no julgado de Penafiel, desde os finais do século XIV que este lugar dependia administrativamente da Câmara do Porto, situação que desagradava aos seus moradores que solicitaram ao rei a sua ascensão à categoria de vila. Essa promoção foi-lhes concedida a 14 de Março de 1741, tendo por termo a sua freguesia de São Martinho, e parte da de Santiago de Subarrifana, com Juiz de Fora e dos Órfãos, e jurisdição separada da cidade do Porto.