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O convento de S. Gonçalo de Amarante foi fundado em 1540 por D. João III, sendo lançada a primeira pedra em 1543 (por Frei João de Ledesma), iniciando-se as obras pelas áreas de anexos e serviços, dormitórios, refeitórios e sacristia. A sua construção irá prolongar-se até ao reinado de Filipe I de Portugal, como está bem patente na inscrição das majestosas bases das colunas que enquadram o arco da capela-mor e na “Varanda dos Reis”, onde estão patentes as imagens dos “patrocinadores” da obra: D. João III (1521-1557), D. Sebastião (1557-1578), Cardeal D. Henrique (1578-1580) e D. Filipe I (1580- -1598).O portal apresenta nítidas semelhanças com os portais da Igreja de São Domingos, em Viana do Castelo. A geografia do local, rio Tâmega dum lado, rocha granítica do outro, causou grandes dificuldades ao início da obra, tendo sido muito custoso alicerçar as fundações da construção. O segundo claustro foi construído posteriormente, logo nas primeiras décadas de seiscentos. A cúpula, zimbório e janelas foram construídos pelo mestre Domingos de Freitas a partir de 1641.
Ponte de S.Gonçalo
Acredita-se ter existido primitivamente neste local uma antiga ponte romana, dado ser este o traçado da estrada romana que passaria em Amarante, em direção a Guimarães e a Braga.
De acordo com a tradição local, por volta de 1250 o beato Gonçalo de Amarante terá construído ou reconstruído esta ponte, com os recursos oriundos de esmolas por ele obtidas na região.
Em 10 de fevereiro de 1763, essa ponte, onde a maio se erguia um cruzeiro, desmoronou devido a uma cheia excepcional do rio. O cruzeiro, ou Senhor da Boa Passagem, conseguiu ser retirado uma hora antes desse acontecimento e, mais tarde, foi colocado na janela de um recanto da Igreja de São Gonçalo, ficando a Mãe de Deus a proteger o trânsito. É a imagem da Senhora da Ponte.
Em 1782 foi iniciada a reconstrução da ponte com projeto de Carlos Amarante, vindo a ser aberta ao trânsito em 1790. No ano de 1791 foi completada com dois pares de coruchéus, dois adornos em forma de urna eleitoral e uma bancada em cada varandim.
No contexto da Guerra Peninsular (1807-1814), quando da Segunda Invasão Francesa a Portugal, foi palco, durante 14 dias em 1809, da heróica defesa da Ponte de Amarante, contra as tropas napoleónicas em retirada para Trás-os-Montes. Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1910.
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